Alguns teólogos defendem a idéia de que: “A Existência de Deus é uma necessidade”, no entanto queremos enfatiza-la como “A Necessidade”, porque nenhuma outra por mais sublime que a seja, equiparasse com a existência da “Vida de todas as vidas”. Podemos compreender que através da aceitação de Deus ou de um ser sobre humano, o ser humano consegue atribuir sentido metafísico às coisas. Sentido este que exorta a extrapolação do sensorial. Fora disto, tudo é vazio e não há compreensão que abarque a “inexistência como existente” e o acaso como responsável por todas as coisas.
Haveremos, porém, de considerar que as coisas metafísicas no sentido adotado exigem uma percepção metafísica ou as coisas espirituais so se entende espiritualmente. Exigem por si só, funções mentais não cognitivas que possibilitem ao homem abstrair do mundo como ele está. Muitas vezes a percepção advinda destas faculdades, levam a percepções que fogem ao senso comum ou a percepção das massas. Diante deste paradoxo, o homem que vivencia o Processo Religare (a dinâmica de desenvolvimento da consciência superlativa, em direção ao criador) é comumente chamado de louco, como se os outros que não enxergam o que ele vê não o fossem, em verdade.
Alguns homens se consideram capazes de estabelecer uma espécie de intermédio nesta dinâmica, no entanto, estes homens desconhecem que todo criador deixa grafada em sua obra, uma assinatura que o diferencia dos outros. Queremos dizer com isto, que a relação do criador cósmico com a criatura, deixa uma relação implícita ao ser humano. E é esta relação, que é verdadeiramente, a Religião.
Então o que se vê institucionalizado em: Templos, Congregações, Núcleos, Igrejas e Centros não são a Religião porque esta é um processo pessoal, mas um Sistema Religioso. Toda referência à palavra Religião feita neste texto, será uma referência à expressão: Processo Religare, que enfatizamos ser a dinâmica de ampliação dos níveis de consciência para percepção da divindade.
Um sistema religioso é caracterizado por elementos que expressem Religião, mesmo que este não seja o seu objetivo. Todo e qualquer sistema filosófico e científico que contenha elementos de Religião, é um sistema religioso. Observamos diante disto que muitas coisas podem ser elementos de Religião. Os livros sagrados, os marcos históricos, os personagens históricos, alguns objetos (santo Graal, lança sagrada, cruzes,...), são todos eles fonte de Religião, mas podem gerar ou não religiosidade.
A religiosidade é uma qualidade do indivíduo que é caracterizada pela disposição ou tendência do mesmo, para perseguir a sua própria Religião ou a integrar-se às coisas sagradas. Precisamos diferir o ser possuidor de religiosidade, do religioso, que é fruto do sistema religioso.

Não raro observamos este ou aquele sistema religioso apregoar ser o caminho de transformação da humanidade. Em verdade ele poderá ser "Um caminho" e não "O caminho" por que um sistema expressa as necessidades dos elementos constituintes do seu conjunto. Em decorrência disto não existe o melhor sistema religioso, mas o que mais se adeque ao entendimento e ao despertamento de consciência do indivíduo que o procura.
Existem nos sistemas religiosos, alguns elementos de Religião que podem ser autênticos. Estes elementos podem despertar a Religião, mas que com o tempo podem degenerar, porque para compreender o Processo Religare, é necessário transportar a consciência para um patamar mais desenvolvido.
Religiosidade ou religioso? Culto à idiotice e
estupidez! Prega-se a liberdade de espírito, quando na verdade, aprisiona-se o
intelecto.
A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é
esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da
corrupção do mundo. Tiago 1:27
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